terça-feira, 4 de março de 2008
domingo, 20 de janeiro de 2008
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
Blood Mary - Como preparar o cocktail
Bloody Mary, um Mito dos “Anos Loucos”
Confesso que o Bloody Mary me seduziu de primeira. É, sempre, o primeiro que procuro no cardápio (e nem sempre o tenho encontrado!). Dos coquetéis clássicos, acredito, é aquele que demonstra mais equilíbrio e que possui os efeitos gustativos mais sensuais e picantes, que decorrem, possivelmente, de sua combinação, em que, entre outros maravilhosos ingredientes, harmoniza-se pimenta-do-reino, tabasco e limão.Evidente que é o suco de tomates que caracteriza de maneira extremamente marcante os aspectos visuais e o paladar desse drinque. O vermelho intenso salta aos olhos e lembra a cor do sangue, sangue santo, sangue de Maria. Por isso, o nome certo, na língua inglesa, seria Blood Mary. No entanto, há uma versão, até certo ponto plausível, que atribui uma referência explícita à rainha Mary I, “sangrenta Maria”, que teria perseguido implacavelmente os protestantes puritanos no século XVI, na Inglaterra da chamada Restauração católica. Observe-se como é curiosa a receita, possuindo, também, uma certa textura que causa estranhamento e êxtase, e que leva, para começar, uma dose de boa vodka. Também três doses de “sangrento” suco de tomate, uma colher de suco de limão, tabasco, molho inglês, uma pitada sensualíssima de pimenta-do-reino, uma pitada de sal. Colocam-se os sucos e a vodka em um copo grande, juntamente com quatro pedras de gelo. Mexe-se bem e tempera-se, a gosto, recomendando-se comedimento para que o coquetel não fique exageradamente picante, ou excessivamente salgado, o que causaria confusão e sensações desagradáveis nos sabores. Serve-se em copos altos. Como toque de requinte, pode-se adicionar uma folha de hortelã. A história dessa bebida – que inicialmente levava o nome esquisito de Bucket of Blood (Balde de Sangue), assumindo a denominação atual por volta de 1934 – teve início nos “anos loucos”, naquela Paris altamente movimentada e intelectualmente explosiva, onde um americano chamado Peter Petiot encontrou uma fórmula de drinque que podia ser feita de forma simples e que tinha o detalhe de conseguir “camuflar” os aspectos visuais e olfativos do álcool, permitindo que seus compatriotas em visita à França, e que sofriam com os efeitos da “Lei Seca” nos Estados Unidos, levassem a receita “redentora” no retorno ao país.Na época da criação do drinque vermelho, havia, em Paris, uma efervescência intelectual e artística imensa, relatada, por exemplo, na obra “Paris é uma Festa”, de Ernest Hemingway, um verdadeiro atleta da boêmia parisiense, por onde passeava confortavelmente, escolhendo seus bistrôs e cafés, indicando, em cada um deles, uma bebida predileta diferente. Além dele, figuras como Josephine Baker, Gertrude Stein, André Breton, E.E. Cummings, John dos Passos, Edmund Wilson, Scott Fitzgerald, Isadora Duncan, Modigliani, Pablo Picasso, Ezra Pound, Nijinski; todos no grande centro cultural em que se transformou a Paris da Belle Époque, num tempo de superação dos traumas da Primeira Grande Guerra. Ali, o Bloody Mary reinava.Hoje, sensível leitor, numa outra época, numa outra terra, esta Natal dos trópicos quentes, o grande e clássico Bloody Mary continua a seduzir o paladar e causar sensações e efeitos que nos levam a brindar, como se estivéssemos alegremente numa nova “Bela Época”, cultivada por delirantes poetas, inspirados pintores, ágeis bailarinos, belas atrizes. Por que não?
Confesso que o Bloody Mary me seduziu de primeira. É, sempre, o primeiro que procuro no cardápio (e nem sempre o tenho encontrado!). Dos coquetéis clássicos, acredito, é aquele que demonstra mais equilíbrio e que possui os efeitos gustativos mais sensuais e picantes, que decorrem, possivelmente, de sua combinação, em que, entre outros maravilhosos ingredientes, harmoniza-se pimenta-do-reino, tabasco e limão.Evidente que é o suco de tomates que caracteriza de maneira extremamente marcante os aspectos visuais e o paladar desse drinque. O vermelho intenso salta aos olhos e lembra a cor do sangue, sangue santo, sangue de Maria. Por isso, o nome certo, na língua inglesa, seria Blood Mary. No entanto, há uma versão, até certo ponto plausível, que atribui uma referência explícita à rainha Mary I, “sangrenta Maria”, que teria perseguido implacavelmente os protestantes puritanos no século XVI, na Inglaterra da chamada Restauração católica. Observe-se como é curiosa a receita, possuindo, também, uma certa textura que causa estranhamento e êxtase, e que leva, para começar, uma dose de boa vodka. Também três doses de “sangrento” suco de tomate, uma colher de suco de limão, tabasco, molho inglês, uma pitada sensualíssima de pimenta-do-reino, uma pitada de sal. Colocam-se os sucos e a vodka em um copo grande, juntamente com quatro pedras de gelo. Mexe-se bem e tempera-se, a gosto, recomendando-se comedimento para que o coquetel não fique exageradamente picante, ou excessivamente salgado, o que causaria confusão e sensações desagradáveis nos sabores. Serve-se em copos altos. Como toque de requinte, pode-se adicionar uma folha de hortelã. A história dessa bebida – que inicialmente levava o nome esquisito de Bucket of Blood (Balde de Sangue), assumindo a denominação atual por volta de 1934 – teve início nos “anos loucos”, naquela Paris altamente movimentada e intelectualmente explosiva, onde um americano chamado Peter Petiot encontrou uma fórmula de drinque que podia ser feita de forma simples e que tinha o detalhe de conseguir “camuflar” os aspectos visuais e olfativos do álcool, permitindo que seus compatriotas em visita à França, e que sofriam com os efeitos da “Lei Seca” nos Estados Unidos, levassem a receita “redentora” no retorno ao país.Na época da criação do drinque vermelho, havia, em Paris, uma efervescência intelectual e artística imensa, relatada, por exemplo, na obra “Paris é uma Festa”, de Ernest Hemingway, um verdadeiro atleta da boêmia parisiense, por onde passeava confortavelmente, escolhendo seus bistrôs e cafés, indicando, em cada um deles, uma bebida predileta diferente. Além dele, figuras como Josephine Baker, Gertrude Stein, André Breton, E.E. Cummings, John dos Passos, Edmund Wilson, Scott Fitzgerald, Isadora Duncan, Modigliani, Pablo Picasso, Ezra Pound, Nijinski; todos no grande centro cultural em que se transformou a Paris da Belle Époque, num tempo de superação dos traumas da Primeira Grande Guerra. Ali, o Bloody Mary reinava.Hoje, sensível leitor, numa outra época, numa outra terra, esta Natal dos trópicos quentes, o grande e clássico Bloody Mary continua a seduzir o paladar e causar sensações e efeitos que nos levam a brindar, como se estivéssemos alegremente numa nova “Bela Época”, cultivada por delirantes poetas, inspirados pintores, ágeis bailarinos, belas atrizes. Por que não?
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
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